Junta de Freguesia de Pousa Junta de Freguesia de Pousa

História

NA ÉPOCA DA RECONQUISTA AOS MOUROS.

Pousa, p. 155 v. 33 da Biblos: «Relacionando esta carta com a de 1062.

À morte de Hermenegildo, do bispo Paio († 1002) e do conde Mendo Gonçalves († 1008), aproveitando-se das desordens provocadas pelas incursões de Almançor e dos Normandos, os habi­tantes destas terras libertaram-se da sujeição à Igreja de Braga «extraniaram se illos omines de servitjum domne Marie», que voltaram a aceitar pela referida carta de agnição de 1025."

Relacionando esta carta com a de 1062, vemos que os limites das terras da Igreja bracarense iam de S. Vítor a S. Frutuoso de Montellos, daqui a Real, seguindo em linha recta até Penha Tomentosa e termo de AIgoso, subiam a Penha Escrita, donde voltavam para Ferreiros e terminavam na estrada que ia de S. Pedro de Maximinos para Este. Se Olcoso correspondia a Algoso da Pousa, como pa­rece; os limites incluíam também parte desta fre­guesia, e das de Cabreiros e de Gondizalves.

1110

    Em 25 de Março de 1110 D. Henrique e D. Te­resa, fazem concessão ao Mosteiro das terras adja­centes erigindo-as como Couto de Tibães.

1258

    In collatione Sancte Christine de AIgoso. Ter­ras de Penafiel.

1290

    «Parrochia Sancte Christine de Ulgoso» Julga­do de Penafiel de Bastuço.

1320

    «Ecclesia Sancte Christine ad totidem (viginte libras) ». Terras de Penafiel.

1371

    «Ecclesia Sancte Christine d AIgoso». Terras de Penafiel.

1400

    «Santa Cristinha d Ulgoso» (1.° Most., fI. 24 VJ)

1528

    «S. Cristina d Ulguoso X». Terras de Penafiel.  

    «S. Sedorninho anexa a Santa Cristina d AI­guoso». Terras de Penafiel.

1548-1760

Na Biblioteca Pública de Braga, com o nome de Santa Cristina de Algozo há o Tombo de 1548 transladado fielmente em 1760 com plena legalidade.

Por ele se vê que a igreja da Reguela em 1760 ainda tinha vida própria. Santa Cristina de Algozo estava anexa a S. Adrião de Padim da Graça em termos paroquiais. A Igreja da Pousa em 1548 já era no mesmo sítio de agora.                      

    Tinha bons prédios como o Campo de Diante, a Quinta ainda chamada de Passal, umas terras ao lado esquerdo do Brelho, o Cortelho com moinhos, Leira no Linhar com devezas e matas; castanhei­ros e árvores de fruto que até estão contadas com videiras. Possuía alguns foros. Existiam vários cobertos em volta da Residência Paro­quial, que já existia no mesmo local.

1707

    Havia no Cartório da Residência Paroquial da Pousa, entre outros documentos os Livros se­guintes:

    1 Livro de Visitas da freguesia de Santa Cris­tina de Algozo da Pousa.

    2 Livros de Testamentos.

    1 Livro dos Usos e Costumes de Algozo da Pousa de 1707.

    O Livro de Usos e Costumes ainda fazia dis­tinção entre os habitantes de Algoso da Pousa e os de Reguela, quanto aos direitos paroquiais. A freguesia de Pousa tinha os limites actuais. A Reguela nesta ocasião, já era um simples lugar.

O Livro de Usos e Costumes de Padim da Graça de 1707 (na época conhecida como S. Adrião de Padim) fala da Pousa, referindo-se lá que o Abade da Igreja de S. Adrião de Padim e da sua anexa Santa Cristina da Pousa pagava anualmente um total de quarenta e oito alqueires de milho branco ao Reverendo do Cabido da Sé de Braga, vinte e quatro alqueires por cada uma. Além disso pagava ao Arcediago  de Braga cento e vinte reis por S. Adrião de Padim e cento e vinte reis por sua anexa S. Cristina da Pousa, de colheita anualmente.

Na obrigações do Mordomo da Cruz menciona-se aqui S. Salvador no final da p. 4:

«para o funeral é obrigado «a dar recado aos freg.es na quella meia freguezia onde está do Salvador, ou de S.to Adrião para irem acompanhar os de­funtos».

    Em 1707 a freguesia de Pousa estava anexa à Graça em termos paroquiais.

    Neste Livro menciona-se várias vezes a fregue­sia extinta de Salvador, pertencente ao Couto de Tibães, como o Livro dos Usos da Pousa se referia à de Salvador da Reguela, também apenas como lugar.

 

Bibliografia: P.e Hélio Gomes Ribeiro, "Pousa Sta Cristina - Reguela S. Salvador", 1979.  


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